Hoje se inicia o mês no qual se comemora o nascimento de Cristo Jesus - O Salvador - e todo o comércio já está enfeitado e iluminado. Luzes, brilhos, fitas, arvores, velas e até neve tem! A criatividade impressiona e enche os olhos de adultos e crianças, mas nada representa mais o Natal do que o Presépio. Aliás, a única coisa que representa o Natal é o Presépio! Se o Natal é o nascimento de Cristo, então o que faz aquele velhinho barrigudo de pijama vermelho sentado em um trono? Aquele trono pertence ao aniversariante, não é? Que festa de aniversário é essa em que o aniversariante não é o centro das atenções?
Quando eu era criança, sempre no finalzinho de novembro e começo de Dezembro, minha mãe montava um presépio. Ela montava tudo com muito capricho e deixava a manjedoura vazia. Eu me lembro de sempre ficar ansiosos pelo dia do nascimento, e no dia 25, quando acordava, corria para ver se Jesus já havia nascido e lá estava o bebezinho dormindo na manjedoura! Até hoje guardo essas lembranças e nutro uma grande admiração por presépios.
Todo mês de dezembro gosto de visitar vários shoppings, praças, e até hospitais de diversas cidades a procura de presépios. Gosto de ficar ali admirando cada figura, cada detalhe, e refletir sobre a história do Natal. Mas, infelizmente, a cada ano está mais difícil de encotrá-los. Nos shoppings centers, por exemplo, está cada vez mais raro. Ás vezes, depois de muito procurar e perguntar, encontramos um pequenino montado discretamente debaixo de alguma escada ou lá no subsolo, bem longe das luzes e da badalação das lojas e praças de alimentação. Nestes locais de destaque só vemos coisas ligadas ao comercio lucrativo em volta da figura do “bom velhinho”. Até para tirar uma foto com um barrigudinho de barba branca você tem que pagar, e uma volta dentro da casa do tal Noel não sai por menos de R$ 10,00!
Infelizmente o Espírito do Natal no coração de muitos foi substituído pelo comercio, e Cristo Jesus trocado pelo “papai noel”. Hoje se dão presentes caros, abraços falsos e sentimentos baratos. Trocaram a simplicidade da manjedoura pela ostentação de um trono vermelho.
Dony Augusto (DAJ)
01/12/2014 – 10:28
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