Às vezes amanheço estranho, nostálgico,
E de repente, bem do nada, mas cada vez mais frequente, me vem uma saudade...
Um aperto na alma, uma dor no coração, uma tristeza de verdade.
Saudades de quando chegava em casa e tu se escondias,
E eu mesmo sabendo onde estavas, fingia te procurar,
E tu não continhas a risada, por eu não conseguir te encontrar.
Saudades dos teus olhinhos me caçando em cada campeonato,
Enquanto não me achava, não entrava no tatame para lutar,
Esperava de mim um aceno, um “tudo bem”, então se enchia de coragem para enfrentar!
Saudades de quando passavas as férias na casa dos avós,
E eu saudoso ia sempre lá para te ver,
E tu vinhas correndo pelo corredor gritando “papai, papai”, que saudade de você!
Saudades de quando tu acordavas no meio da noite e não conseguia mais dormir,
E então corria para o meu quarto para entre eu e sua mãe se deitar,
E ali, se sentindo seguro, dormia todo esparramado sem se incomodar!
Ah, sei que isso pode parecer tolice, mas só um pai poderá entender,
O remorso que remói aqui dentro, de não ter percebido o tempo tão depressa passar,
De sempre achar que poderia ter te dado mais atenção, pois o tempo não irá mais voltar!
Dony Augusto (DAJ)
06/05/2015 - 07:18