Quem me conhece sabe da minha paixão pela musica e da minha admiração por um cantor em especial, dentre tantos outros, que aprendi a gostar desde cedo com meus pais. Este cantor se chama Elvis Presley e é o artista com o maior numero de covers no mundo [cover, segundo os dicionários, é uma cópia e/ou imitação (geralmente inferior) de alguém ou alguma coisa, muitas vezes com fins lucrativos].
Eu não gosto nem um pouco de covers do Elvis, pois, em minha opinião, a grande maioria deles (há raras exceções) é sem qualidade e, tomados de uma obsessão fanática de se parecerem com o seu ídolo, perdem sua identidade própria e se tornam caricatos demais, tanto na forma de dançar, cantar e até mesmo de falar (parecem que tem um ovo quente na boca). Alguns defendem os covers alegando que eles contribuem para divulgar e manter vivo o legado e a imagem de Elvis, mas o que vejo acontecer é exatamente o contrário, pois muitos têm uma visão caricata e espalhafatosa de Elvis exatamente por causa dos covers. Mas no meio ”elvistico” vejo cada vez mais uma crescente tendência de se preferirem os covers ao original, chegando ao ponto de haver rivalidade entre os fãs de determinado cover com os fãs de outro. Nos encontros dos fanclubs a maioria vai mais para prestigiar o cover que irá se apresentar naquele evento do que ouvir ou falar sobre o original.
No meio religioso ocorre algo bem semelhante. Muitos estão trocando Cristo - o Único Mediador entre DEUS e os homens (ITm 2:5) - pelos “covers”. Vemos verdadeiros fanclubs de ídolos (não só os de pau, pedra ou metal, mas os de carne e osso também) competindo entre si. Vejo multidões indo a eventos religiosos só para ver o “pastor fulano de tal” que irá pregar ou o cantor “ungidão” que irá cantar. Vejo após-tolos bradando que os milagres de seu covil são melhores e maiores do que os dos covis vizinhos; Vejo o nome da “bispa renascentista” sendo tatuado em corpos de mentes insanas. Vejo multidões hipnotizadas “marchando em círculos” liderados por lobos “infelicianos” e “malafalhos”. Vejo fãs que se vestem, pensam e falam exatamente da forma que os seu lideres determinam, numa devoção que chega, em alguns casos, até a morte. Para estes fanclubs, o que mais vale é o que o seu “cover” prega e não o que Cristo ensinou.
Estes ídolos religiosos não passam de covers ridículos e caricatos, que denigrem o Verdadeiro Evangelho e usurpam o lugar de Cristo nos corações e nas mentes de seus cegos e ludibriados fãs, obtendo assim deste incautos uma devoção irrestrita, uma veneração doentia e generosos lucros financeiros.
Volta e meia sou criticado por alguns “cristãos” que veem no Elvis o demônio personificado, porém estes que criticam jamais tiveram o trabalho de ler uma biografia sobre Elvis antes de sair por aí escrevendo ou gritando nos púlpitos mentiras e levantando falso testemunho sobre algo que desconhecem (isso não é pecado?!). Havia (e ainda há por parte de alguns fãs) certa idolatria em torno de Elvis Presley, mas o próprio, que teve uma ótima criação cristã por parte de sua devota mãe, reconhecia que era apenas um artista e um pecador como qualquer outro e não aceitava de forma algum este endeusamento de sua pessoa e por diversas vezes deixou isso bem claro para seus fãs como no show via satélite assistido por mais de 1 bilhão de pessoas em que uma fã levou uma coroa queria por na cabeça de Elvis. No final do show Elvis pegou a coroa nas mãos, agradeceu o carinho mas não permitiu que a fã o coroasse e disse a ela que ele não era rei. Em outro show, um grupo grande de meninas, no meio do ginásio lotado, ergueu uma faixa enorme escrito “Elvis é o rei”. Elvis parou o show, leu a faixa, e apontou para as meninas e agradeceu pelo carinho e lhes disse: “abaixe essa faixa, pois eu não sou rei; sou apenas um cantor. Jesus Cristo é o REI”. As fãs abaixaram a enorme faixa e o show continuou. Que exemplo de reconhecimento da sua insignificância perante DEUS! Estes tais “covers gospels” deveriam ter a mesma atitude deste a quem eles tanto julgam e criticam, mas que demonstrou conhecer mais a DEUS do que eles!
Caro leitor, não deixe que nenhum cover ocupe o lugar de Cristo na sua vida. Não troque o Original por uma tosca imitação!
DAJ - 01/07/2013 - 18:28h